CELACANTO
terça-feira, 22 de outubro de 2013
quinta-feira, 27 de junho de 2013
O mito do Brasil corrupto
O mito do Brasil corrupto: “Isso é Brasil”. Não é raro que frases como esta se destaquem nos momentos em que escândalos de corrupção estão na ordem do dia. Elas refletem a noção de que o problema é um mal crônico e generalizado no país. Autor dos livros A Cabeça do Brasileiro e ...
segunda-feira, 24 de junho de 2013
O AMOR É CEGO
●
No século XIV da nossa era, dizia o Inglês, Geoffrey Chaucer, em seu livro
"Cantos da Cantuária" de que o "Amor é cego". Tal frase
perpetuou-se pelos séculos e ainda hoje é utilizada para justificar certas
incongruências detectadas na relação entre um casal, seja de porte físico,
intelectual ou emocional. Há uma corrente de pensadores que defendem a tese de
que ama-se a imagem que se cria ao longo dos anos, desde o período de criança
até a eclosão do sentimento do amor romântico. Tais características vão se
acumulando no inconsciente e depois projetadas na pessoa que apresente algumas
delas. No desenrolar do relacionamento se alguma mudança de parceiros ocorrer, ficará por conta de uma maior amplitude de características projetadas, e que se
apresentam evidenciadas no novo parceiro escolhido. Trata-se na verdade, de uma pessoa escolhida
por outra, em função daquilo que já existe dentro de si,
fechando-se dessa maneira, os olhos para outras características que sejam alvo da
incompreensão das demais pessoas. Daí, o arremate usado para denotar tal
incompreensão, como : O que ele viu nela ? O que ela tem que eu não tenho ? Explica-se o desacerto, através da antiga frase de que o amor é cego,
encobrindo dessa forma, aquilo que a pessoa loucamente apaixonada, por
dissimulação ou não, pretenda esconder em relação a pessoa amada.
Paulo Carneiro
sábado, 22 de junho de 2013
Olhar Romântico ( Música )
Ao te olhar logo senti
Que o amor aconteceu
Meu coração quase parou
Todo meu corpo estremeceu
Quando você me olhou também
Eu senti muito prazer
Quando você se aproximou
Me deu a mão e me beijou
Foi pela primeira vez
Me apaixonei só num olhar
E me entreguei
Assim o amor se fez
Pela primeira vez
O amor eu e você
Então você me fez feliz
DOM QUIXOTE DE LA MANCHA
Após um dia inteiro de caminhada sob o sol, depara com uma estalagem, que em sua mente perturbada se converte num castelo, onde pede para ser ordenado cavaleiro pelo estalajadeiro, que quase não consegue conter o riso. No dia seguinte, ao investir contra o grupo de comerciantes que vê como adversários, cai de rocinante e tem seu corpo moído por pauladas. Um conhecido da aldeia encontra o cavaleiro, entre gemidos e lamentos, e o conduz novamente à sua casa. Seguindo aos conselhos do Pe. Tomás e do barbeiro Nicolau, a ama e a sobrinha queimam seus livros e lacram a porta da biblioteca.
Enquanto todos acham que a estratégia da destruição dos livros havia sido um sucesso, Dom Quixote, pensando tratar-se de uma magia de algum cruel feiticeiro, resolve voltar à aventura, agora acompanhado do escudeiro Sancho Pança: um ingênuo e materialista lavrador, que aceita seguir o fidalgo pela promessa de uma ilha para governar.
As viagens se sucedem sob a alucinação de quem está vivendo no tempo da cavalaria. Em suas andanças, Dom Quixote encontra moinhos de vento que confunde com gingantes. Arremete contra um dos moinhos, cujas pás, devido a um vento mais forte, lançam o cavaleiro para longe. O escudeiro socorre seu mestre. Dom Quixote não dando o braço a torcer, diz que o feiticeiro, ao notar que o cavaleiro estava vencendo, transformou os gigantes em moinhos.
Mas adiante confundindo dois rebanhos de carneiros com exército de inimigos, avança contra os animais e mais uma vez é surrado, pelos pastores; além de ser pisoteado pelas ovelhas. No chão em meio ao estrume dos animais, ferido e desdentado, recebe do escudeiro a alcunha de O Cavaleiro da Triste Figura.
No desejo de combater as injustiças do mundo e homenagear sua dama, o nobre e patético personagem segue viagem enfrentando situações supostamente perigosas e sempre ridículas: imagina gigantes em rodas-d`águas; vê um cavaleiro de elmo dourado em um barbeiro; ajuda criminosos a fugirem, pensando estar libertando escravos. De suas desventuras, restam-lhes sempre os enganos, as surras, as pedradas e as pauladas.
À beira da estrada, o cavaleiro da triste figura e seu fiel escudeiro encontram abrigo e deparam com o Pe. Tomás e o barbeiro Nicolau, amigos da aldeia onde moram e que estão à sua procura. Os dois convencem Sancho a ajudá-los e acabam levando, mais uma vez, e agora enjaulado, Dom Quixote para casa. Lá, cansado doente e abatido pelos reveses e pelas surras que levara, o fidalgo sossega. Até receber a visita do bacharel Sansão, que traz consigo um livro narrando as estranhas aventuras de Dom Quixote. Com a fama, o cavaleiro tem seu espírito aventureiro revigorado e mais uma vez, convencendo Sancho Pança a companhá-lo, parte para a estrada, ainda guiado pelo amor de Dulcinéia, e pelo desejo de vencer o perverso feiticeiro e, com ele, as injustiças do mundo.
Em Toboso, à procura de sua amada, Dom Quixote encontra três lavradoras montadas em asnos, carregando repolhos para o mercado. Sancho diz que se trata de Dulcinéia e suas damas de companhia, tentando convencer Dom Quixote. Ao se ajoelhar diante de sua sonhada dama, o cavaleiro leva uma repolhada na cabeça. Sancho diz se tratar de um anel de esmeralda enfeitiçado em repolho, e Dom Quixote guarda a “prenda” na bolsa, duvidoso, todavia satisfeito.
Disfarçado em cavaleiro dos Espelhos, o baixinho Sansão desafia Dom Quixote, no intuito de levá-lo para casa e, com isso, agradar a sobrinha do fidalgo. Mas, traído por seu cavalo, que prefere comer grama ao duelar, perde o combate. Adiante, Dom Quixoteencontra um duque e uma duquesa que, por já terem lido o livro com suas aventuras, resolvem se divertir à custa da dupla: disfarçado em feiticeiro Merlin, o duque inventa um suposto cavalo mágico de madeira que levaria Dom Quixote até o perverso feiticeiro. Vendam o cavaleiro e o escudeiro sobre a “mágica montaria” e chacoalham o cavalinho de balanço, enquanto os dois pensam estar voando. Ao atear fogo no rabo do cavalo, recheados de fogos de artifício, o cavaleiro e o escudeiro são lançados à distância.
Seguindo viagem, com mais alguns arranhões, Dom Quixote e Sancho Pança ouvem um grito assustador, É o cavaleiro da lua cheia (na verdade, Sansão, agora mais bem preparado e decidido). Que desafia O cavaleiro da Triste Figura: quem perder o combate terá de pôr fim à sua vida de cavaleiro andante. Sansão vence, o fidalgo volta ao lar. No final da história, recuperando a razão, Dom Quixote renuncia aos romances de cavalaria e morre como um piedoso cristão.
De tanto ler histórias de cavalaria, um ingênuo fidalgo espanhol passa a acreditar piamente nos efeitos heróicos dos cavaleiros medievais e decide se tornar, ele também, um cavaleiro andante. Para tanto, recorre a uma armadura enferrujada que fora de seu bisavô, confecciona uma viseira de papelão e se auto-intitula Dom Quixote de La Mancha. Como todo cavaleiro, ele precisa de uma dama a quem honrar. Elege então uma lavradora que só conhece de vista e a chama deDulcinéia. Depois de tomar essas providências, monta em seu decrépito cavalo Rocinante e foge de casa em busca de aventuras.
Após um dia inteiro de caminhada sob o sol, depara com uma estalagem, que em sua mente perturbada se converte num castelo, onde pede para ser ordenado cavaleiro pelo estalajadeiro, que quase não consegue conter o riso. No dia seguinte, ao investir contra o grupo de comerciantes que vê como adversários, cai de rocinante e tem seu corpo moído por pauladas. Um conhecido da aldeia encontra o cavaleiro, entre gemidos e lamentos, e o conduz novamente à sua casa. Seguindo aos conselhos do Pe. Tomás e do barbeiro Nicolau, a ama e a sobrinha queimam seus livros e lacram a porta da biblioteca.
Enquanto todos acham que a estratégia da destruição dos livros havia sido um sucesso, Dom Quixote, pensando tratar-se de uma magia de algum cruel feiticeiro, resolve voltar à aventura, agora acompanhado do escudeiro Sancho Pança: um ingênuo e materialista lavrador, que aceita seguir o fidalgo pela promessa de uma ilha para governar.
As viagens se sucedem sob a alucinação de quem está vivendo no tempo da cavalaria. Em suas andanças, Dom Quixote encontra moinhos de vento que confunde com gingantes. Arremete contra um dos moinhos, cujas pás, devido a um vento mais forte, lançam o cavaleiro para longe. O escudeiro socorre seu mestre. Dom Quixote não dando o braço a torcer, diz que o feiticeiro, ao notar que o cavaleiro estava vencendo, transformou os gigantes em moinhos.
Mas adiante confundindo dois rebanhos de carneiros com exército de inimigos, avança contra os animais e mais uma vez é surrado, pelos pastores; além de ser pisoteado pelas ovelhas. No chão em meio ao estrume dos animais, ferido e desdentado, recebe do escudeiro a alcunha de O Cavaleiro da Triste Figura.
No desejo de combater as injustiças do mundo e homenagear sua dama, o nobre e patético personagem segue viagem enfrentando situações supostamente perigosas e sempre ridículas: imagina gigantes em rodas-d`águas; vê um cavaleiro de elmo dourado em um barbeiro; ajuda criminosos a fugirem, pensando estar libertando escravos. De suas desventuras, restam-lhes sempre os enganos, as surras, as pedradas e as pauladas.
À beira da estrada, o cavaleiro da triste figura e seu fiel escudeiro encontram abrigo e deparam com o Pe. Tomás e o barbeiro Nicolau, amigos da aldeia onde moram e que estão à sua procura. Os dois convencem Sancho a ajudá-los e acabam levando, mais uma vez, e agora enjaulado, Dom Quixote para casa. Lá, cansado doente e abatido pelos reveses e pelas surras que levara, o fidalgo sossega. Até receber a visita do bacharel Sansão, que traz consigo um livro narrando as estranhas aventuras de Dom Quixote. Com a fama, o cavaleiro tem seu espírito aventureiro revigorado e mais uma vez, convencendo Sancho Pança a companhá-lo, parte para a estrada, ainda guiado pelo amor de Dulcinéia, e pelo desejo de vencer o perverso feiticeiro e, com ele, as injustiças do mundo.
Em Toboso, à procura de sua amada, Dom Quixote encontra três lavradoras montadas em asnos, carregando repolhos para o mercado. Sancho diz que se trata de Dulcinéia e suas damas de companhia, tentando convencer Dom Quixote. Ao se ajoelhar diante de sua sonhada dama, o cavaleiro leva uma repolhada na cabeça. Sancho diz se tratar de um anel de esmeralda enfeitiçado em repolho, e Dom Quixote guarda a “prenda” na bolsa, duvidoso, todavia satisfeito.
Disfarçado em cavaleiro dos Espelhos, o baixinho Sansão desafia Dom Quixote, no intuito de levá-lo para casa e, com isso, agradar a sobrinha do fidalgo. Mas, traído por seu cavalo, que prefere comer grama ao duelar, perde o combate. Adiante, Dom Quixoteencontra um duque e uma duquesa que, por já terem lido o livro com suas aventuras, resolvem se divertir à custa da dupla: disfarçado em feiticeiro Merlin, o duque inventa um suposto cavalo mágico de madeira que levaria Dom Quixote até o perverso feiticeiro. Vendam o cavaleiro e o escudeiro sobre a “mágica montaria” e chacoalham o cavalinho de balanço, enquanto os dois pensam estar voando. Ao atear fogo no rabo do cavalo, recheados de fogos de artifício, o cavaleiro e o escudeiro são lançados à distância.
Seguindo viagem, com mais alguns arranhões, Dom Quixote e Sancho Pança ouvem um grito assustador, É o cavaleiro da lua cheia (na verdade, Sansão, agora mais bem preparado e decidido). Que desafia O cavaleiro da Triste Figura: quem perder o combate terá de pôr fim à sua vida de cavaleiro andante. Sansão vence, o fidalgo volta ao lar. No final da história, recuperando a razão, Dom Quixote renuncia aos romances de cavalaria e morre como um piedoso cristão.
Frases de Dom Quixote de La Mancha
Quando se sonha sozinho é apenas um sonho. Quando se sonha juntos é o começo da realidade. (Dom Quixote de La Mancha)
Nunca pense que seu amor é impossível, nunca diga "eu não acredito no amor", a vida sempre nos surpreende. (Dom Quixote de La Mancha)
Pois que o amor e a afeição com facilidade cegam os olhos do entendimento. (Dom Quixote de La Mancha)
A liberdade, Sancho, não é um pedaço de pão. (Dom Quixote de La Mancha)
O medo é que faz que não vejas, nem ouças porque um dos efeitos do medo é turvar os sentidos, e fazer que pareçam as coisas outras do que são! (Dom Quixote de La Mancha)
Quando você realmente amar alguém e for recíproco, você vai ver como é bom amar.Pra amar não precisa namorar, e bla bla bla, mais o namoro é a melhor forma de expressar o sentimeto, quando você sentir suas pernas tremerem, sua barriga gelar, teu corpo ficar mole, aí sim você vai enteder a magia de amar. (Dom Quixote de La Mancha)
Miguel de Cervantes (autor) de Dom Quixote de La Mancha
Miguel de Cervantes Saavedra foi um importante poeta, dramaturgo e novelista espanhol. Nasceu em 29 de setembro de 1547 (data suposta) na cidade espanhola de Alcalá de Henares. A sua obra-prima, Dom Quixote de La Mancha, muitas vezes considerado o primeiro romance moderno, é um clássico da literatura ocidental e é regularmente considerado um dos melhores romances já escritos. Seu trabalho é considerado entre os mais importantes em toda a literatura. A sua influência sobre a língua castelhana tem sido tão grande que o castelhano é frequentemente chamado de La lengua de Cervantes (A língua de Cervantes).
Cervantes morreu na cidade de Madri, em 22 de abril de 1616. Considerado um dos maiores escritores da literatura espanhola, destacou-se pela novela, mundialmente conhecida, Dom Quixote de La Mancha.
Cronologia
1547 - Nasce Miguel de Cervantes Saavedra.
1551 - O pai, Rodrigo, é preso por causa de dívidas de jogo.
1566 - A família instala-se em Madrid.
1569 - Após incidente no qual teria ferido um homem, deixa Madrid e vai morar em Roma.
1571 - Participa da batalha de Lepanto, contra os turcos. Ferido em combate, tem a mão esquerda inutilizada.
1575 - Capturado por corsários, é levado para Argel, com seu irmão Rodrigo, onde fica cinco anos em cativeiro.
1581 - Vai para Lisboa, onde escreve peças de teatro.
1584 - De um romance com Ana Franca, nasce Isabel de Saavedra. Casa-se com Catalina de Palácios Salazar.
1585 - Publica La Galatea. Morte do pai.
1587 - É nomeado comissário real encarregado de recolher azeite e trigo para a Armada Invencível.
1593 - Morte da mãe. Publicação do romance La casa de los celos.
1597 - É preso em Sevilha, após ser condenado a pagar dívida exorbitante.
1598 - Deixa a prisão. Morte de Ana Franca.
1605 - É publicada a primeira parte de Dom Quixote de La Mancha.
1613 - Ingressa na Ordem Terceira de São Francisco. Publicação de Novelas exemplares.
1614 - Surge uma continuação de Dom Quixote, escrita por Avellaneda.
1615 - Cervantes publica a segunda parte de Dom Quixote de La Mancha.
1616 - Morre em Madrid, no dia 23 de abril.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
PARADOXO
INTERESSANTE !
Saques, arrastões, homicídios são males frequentemente denunciados pela mídia nacional, independentemente do momento político e as frações de segundo em que acontecem no Brasil. ... Nele, ocorrem os exemplos mais torpes de atentados contra à vida, quer sejam de homens ou outros animais ... De repente, a juventude em estado de vigilância constante, decide posicionar-se de uma forma geral, usando como estratégia de luta, à redução das passagens de transportes coletivos ( passe livre ). O gigante, na UTI da depreciação moral e econômica, sofrendo de várias "ites crônicas" como: Arenites, Corrupcionite, Injusticionite, Droguites, Miserites, etc, na verdade já se encontrava acordado. Só de olhos fechados para não ter o desprazer de ter que aguentar a ver, que os seus carrascos de hoje são exatamente aqueles que um dia pousaram, como líderes revolucionários, e se transformaram em líderes oportunistas pela ostentação do poder.
Saques, arrastões, homicídios são males frequentemente denunciados pela mídia nacional, independentemente do momento político e as frações de segundo em que acontecem no Brasil. ... Nele, ocorrem os exemplos mais torpes de atentados contra à vida, quer sejam de homens ou outros animais ... De repente, a juventude em estado de vigilância constante, decide posicionar-se de uma forma geral, usando como estratégia de luta, à redução das passagens de transportes coletivos ( passe livre ). O gigante, na UTI da depreciação moral e econômica, sofrendo de várias "ites crônicas" como: Arenites, Corrupcionite, Injusticionite, Droguites, Miserites, etc, na verdade já se encontrava acordado. Só de olhos fechados para não ter o desprazer de ter que aguentar a ver, que os seus carrascos de hoje são exatamente aqueles que um dia pousaram, como líderes revolucionários, e se transformaram em líderes oportunistas pela ostentação do poder.
MAGIA POÉTICA
MAGIA POÉTICA
Paulo Carneiro
Convidado por um amigo,
Gustavo foi trabalhar numa determinada empresa ligada a área de prestação
de serviços educacionais, situada no interior de Pernambuco. Na data e horário
combinados apresentou-se ao diretor da instituição, tendo satisfeito todas as
exigências de praxe. Em seguida, no mesmo dia, foi convidado a participar de
uma atividade recreativa que deveria instalar-se no salão recreativo da
empresa. Aproveitou o intervalo de tempo para conhecer as dependências da
empresa. No momento certo, foi conduzido ao salão recreativo, onde recebeu os
cumprimentos da coordenadora dos trabalhos. Foi também convidado a
sentar-se na fileira de cadeiras, reservada ao pessoal técnico de nível
superior. Buscou a observação do ambiente físico e a programção posta em ação.
Tratava-se de uma espécie de teatro, bem ventilado e devidamente ornamentado
para o exercício da atividade. Existiam em média cerca de 150 pessoas
presentes, sendo 70% do sexo feminino, entre : Estagiários, aprendizes,
gerentes, funcionários dos mais diversoas níveis.
O roteiro da apresentação do espetáculo era coordenado e anunciado pela
apresentadora, como num programa de auditório. Alguns participantes eram
chamados para se apresentarem no palco, pela ordem dos temas abordados...
Cantar , tocar instrumentos, dançar, recitar poesias, homenagens diversas,
metas da empresa a serem alcançadas....
Na fase final, cinco pessoas da platéia foram convidadas a pagarem
prendas...O tema a ser vivenciado por cada um, estava escrito em
bilhetes e só conhecido, ao ser chamado a subir ao palco. Gustavo foi um
dos escolhidos por ser novato. Foi o último a ser chamado e alvo de perguntas,
tais como : Idade, formação universitária, cidade em que nasceu....
Satisfeitas as perguntas da platéia, a aprersentadora abriu o
bilhete contendo a atividade que o Gustavo deveria desincumbir-se : "Uma
declaração de amor"... endereçada a quem ? Perguntou Gustavo ! A quem
você escolher ! Respondeu a apresentadora. Intimamente ele não sabia o que
dizer, mesmo assim, dirigiu o olhar à platéia buscando criar ou lembrar-se
de qualquer argumento que pudesse convencer a quem viesse escolher. O
Olhar parou numa jovem de olhos claros, muito bonita, semblante angelical e
sorriso tímido. Ele disse, então ... Aquela ! Eu ? Sim você ! Mas, sou noiva
... A platéia entrou em ação e a jovem terminou por subir ao palco....
Nesse ínterim, o Gustavo lembrou-se de um poema de amor
de J.G. de Araújo Jorge (Se )...
que caberia, talvez, muito bem. Um pouco nervoso, colocou ternamente uma mão
sobre o ombro da jovem e pronunciou, diante do silêncio profundo da platéia :
Se eu pudesse
parar a minha vida
e
dar eternidade a um só momento
se eu tivesse o meu destino preso
ao destino das coisas no espaço...
se eu pudesse destruir todas as leis
e dentro desse universo que se move
parar meu mundo...
haveria de escolher esse segundo
em que...você estivesse...
nos meus...braços !
Momento de emoçaõ, aplausos, comoção, satisfação de prazer, lágrimas
incontidas rolando passo a passo sobre a face, impedida de esconder a emoção..
foi o que se viu e se sentiu após aquele discurso recheado de sentimento
amoroso ... Ao final, Gustavo abraçou a jovem gentilmente, e ganhou
como prêmio a simpatia de um coração que começou a bater em sentido
anti-horário ao seu casamento.
Passados seis meses, algumas vezes o Gustavo encontrou-se frente a frente
com a Heloísa, a jovem alvo da poesia. Nenhuma referência ao acontecimento
fora ventilada durante aqueles encontros casuais, porém, alguma coisa
ligada ao desejo de se envolverem sentimentalmente, explodia por dentro. Os
dois sabiam disso, mas, fingiam por dentro o que o corpo expressava nitidamente
por fora. Até que um dia o Gustavo pediu desligamento da empresa, por questões
particulares, ficando de voltar para tratar de verbas rescisórias um mês
depois. Entretanto, ao chegar a Rodoviária, ainda no dia de sua partida,
encontrou a Heloísa que o estava aguardando um tanto quanto aflita. Cumprimentaram-se
e ela pediu-lhe para reconsiderar seu pedido de desligamento, visto que ,
estaria gostando muito dele, e retirando a aliança de noivado do dedo,
demonstrou que estaria disposta a tudo por ele.
Gustavo : Meu amor, entendo perfeitamente
o que estamos sentindo, mas, sou casado e tenho um filho com um ano de idade. A
minha saída da empresa também está voltada ao desejo de não influir
negativamente na sua vida, nem gerar insatisfações ao meu casamento.
Heloísa : Querido, antes de tomar a
decisão de falar com você , ponderei bastante sobre o assunto. Passei noites
refletindo, comparei você ao meu noivo, e tudo o que sinto hoje, em termos de
sentimento amoroso é o desejo incontrolável de viver com você. Meu casamento
acontecerá no próximo mês, se não houver um meio de ficar com você. Estou
disposta a tudo, inclusive perder a virgindade com você. Quero, ao menos,
eternizar os poucos segundos em que você esteja nos meus braços. Aceita ?
Após seis meses , Gustavo retornou a cidade para resolver algumas
pendências e encontrou na Rodoviária a Heloísa grávida, acompanhada do marido.
Ela ficou estática, ao vê-lo e disfarçadamente, através de sinais com as mãos
apontadas para sua barriga, deixou a entender que o pai daquela criança em
gestação era ele, o Gustavo. Retornando ao Recife, e passados vários meses,
encontrou-se com uma amiga da Heloísa, quando foi informado de que ela
teria dado à luz a uma menina muito bonita, portadora de um sinal no
queixo semelhante ao seu. Nunca mais soube de nada, após quase 30 anos
passados....
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